
as mãos suam dos teus fluidos,
pois na memória a dança dos corpos ainda é muito viva.
(...)
so uivo porque acredito que talvez o vento
diminua irremediavelmente a distância.
(...)
mas agora preciso que me sintas.
(...)
espalha pelo chão frio as cartas que te escrevi,
de forma a que lhes sintas as formas.
- as que te falo de intimidades,
segura-as no ventre e suga-lhes o que for preciso.
- as outras dos dias de tédio, alinha-as muito direitinhas
para que te protejam as costas, ou então rasga-as.
- as do riso fácil, fá-las atravessar lentamente as formas do pescoço,
e depois as do seio e barriga, fá-las deslizar pelas costas, pelo rabo,
deixa-as descer pela perna até ao pé (mas aí com mais calma),
e fá-las percorrer-te o intervalo dos dedos como te fazia com a língua.
- as do amor esfuziante, deves come-las na direcção do coração, sem digeri-las.
- as dos disfarces, cola-as à cara como se fossem máscaras, e encarna a personagem
que representavas só para mim.
(...)
enquanto isso, declama
os poemas que nunca te escrevi...
...esses que te sussurrei ao ouvido
em forma de choro e emoção ao rubro.
(...)
quando puderes, escreve -me uma...
6 comentários:
Hi from India
beautiful blogg
I think it is on poetry
tão bonito :) só não estava à espera de um final que me pareceu tão triste... mas se calhar percebi mal
abalo de palavras intensas
Quando lhe tocares, não precisas de dizer que és tu, ela sentirá que é o teu toque...
Beijinho
volto agora. aliás continuo a passear-me entre as tuas palavras apesar de me ter tornado anónima. ler-te tornou-se um prazer do qual não prescindo.
Miss X
assim seja...
mr y
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